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Pertencimento

Você sabe do que estou falando. Eu sei que sabe. Aquele sentimento de fazer parte de algo, de corpo e alma. De uma amizade, de um amor, de um trabalho, até mesmo de uma família.

E o primeiro não está nesta posição por acaso, mas por ser um dos que mais retratam o pertencer a um grupo e ser aceito. Aliás, é tentando se enquadrar nisso que passamos os penosos anos da adolescência, não é mesmo? Quero te dar um choque de realidade dizendo que essa busca pode não terminar com o passar dos anos, e as amizades que você se esforçou tanto para cultivar durante a escola vão se desfazer como num piscar de olhos. Elas vão. E não voltarão a ser mais como eram, sendo apenas dolorosos "precisamos marcar algo". Sim, precisamos.

E... fim, se você ainda não percebeu.

Aquele cachorro-quente nunca vai acontecer. Aquele rodízio de pizza espantosamente esporádico foi só um desencargo de consciência. Apenas aceite que nada voltará a ser como antes.

Como a busca nunca termina, aos poucos, talvez até sem perceber, vai ver que as mais improváveis pessoas que passará a conhecer tornar-se-ão seus melhores amigos, sobretudo os da faculdade. E os da vida. Diferentes, mas que, dessa vez, vocês realmente têm interesses em comum. Assim é que as amizades realmente duram, e firmam raízes na sua vida, que a tanto tempo esperou por que fosse real. Um dia poderá mesmo ser.

Sextas-feiras a noite, manhãs de trabalho, tardes de domingo passam a ser mais suportáveis quando podem ser compartilhadas e acompanhadas de risadas. Fazem o viver ser menos pesado, pois também assistem-no quando a queda machuca, e lembram-te de que há sim solução para os problemas e ajudam-no, às vezes, sem nem precisar pedir.

É este o pertencimento de que falei.


O que espero é que seja
real.