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As metas não cumpridas deste ano

Estive pensando sobre o que acontece quando um ano acaba: alguns têm sentimentos de dever cumprido, outros de desastre total, e ainda há aqueles que não se importam, foi só mais um ano. E eu meio que me enquadro nesse último. Mas não por acaso ou mero desdém.

Chega Janeiro, começa um novo ciclo, juntamente com as "metas de ano novo": prometo fazer mais exercícios; prometo comer menos porcarias; prometo emagrecer 30 quilos até o Natal; prometo estudar mais; prometo ler mais; prometo me focar mais no trabalho; prometo mundos e fundos.

E tudo o que você não fez direito durante toda sua vida será hermeticamente funcional dentro dos próximos 365 dias do ano que se inicia. Parabéns.


É disso que estou falando. Tirando as comemorações festivas dessa época, que realmente não podem ser puladas (e não precisam ser ignoradas -vá se divertir!), esse "ciclo" que está terminando, no fundo, não é nada além da troca de um bloco de folhas com números reorganizados em tabelas que será preso na parede da sua cozinha: um calendário.

Se você estabeleceu metas para este ano e não conseguiu cumprir, porque você vai passar Dezembro se lamentando? Você realmente não conseguiu? Não deu nem um único passo durante todos os 365 dias para alcançar seu objetivo? Sequer tentou? Ou você chegou a começar, mas parou? Ou você viu outras oportunidades no meio do caminho? Ou houveram problemas que te atrapalharam? Ou você desistiu porque não havia mais tempo? Porque não compensaria mais o esforço? Porque o ano já está acabando?

Por que 31 de Dezembro tem que ser a sua data limite?


Não é o fim. Toda essa quantidade de dias que passaram não significam nada além de números. Se você pretende seguir um objetivo, não são TREZENTOS E SESSENTA E CINCO DIAS que vão te limitar a alcançá-lo. Leve 30, leve 90, leve 200, leve 500 dias. Que diferença vai fazer? Desde que você esteja se movendo para realizá-lo, é isso que importa, demore o tempo que for necessário. Afinal, como diz uma amiga psicóloga, "para quem não está fazendo nada, um pouquinho que fizer, já será alguma coisa" de diferente na sua vida.

E assim penso sobre ciclos: eles realmente não me importam mais. ☺


Texto para referência: link.
Esperava uma conclusão neste texto do Flávio Gikovate, mas não encontrei, e fui oposto a algumas de suas ideias. Assim nasceu esse post.

Pertencimento

Você sabe do que estou falando. Eu sei que sabe. Aquele sentimento de fazer parte de algo, de corpo e alma. De uma amizade, de um amor, de um trabalho, até mesmo de uma família.

E o primeiro não está nesta posição por acaso, mas por ser um dos que mais retratam o pertencer a um grupo e ser aceito. Aliás, é tentando se enquadrar nisso que passamos os penosos anos da adolescência, não é mesmo? Quero te dar um choque de realidade dizendo que essa busca pode não terminar com o passar dos anos, e as amizades que você se esforçou tanto para cultivar durante a escola vão se desfazer como num piscar de olhos. Elas vão. E não voltarão a ser mais como eram, sendo apenas dolorosos "precisamos marcar algo". Sim, precisamos.

E... fim, se você ainda não percebeu.

Aquele cachorro-quente nunca vai acontecer. Aquele rodízio de pizza espantosamente esporádico foi só um desencargo de consciência. Apenas aceite que nada voltará a ser como antes.

Como a busca nunca termina, aos poucos, talvez até sem perceber, vai ver que as mais improváveis pessoas que passará a conhecer tornar-se-ão seus melhores amigos, sobretudo os da faculdade. E os da vida. Diferentes, mas que, dessa vez, vocês realmente têm interesses em comum. Assim é que as amizades realmente duram, e firmam raízes na sua vida, que a tanto tempo esperou por que fosse real. Um dia poderá mesmo ser.

Sextas-feiras a noite, manhãs de trabalho, tardes de domingo passam a ser mais suportáveis quando podem ser compartilhadas e acompanhadas de risadas. Fazem o viver ser menos pesado, pois também assistem-no quando a queda machuca, e lembram-te de que há sim solução para os problemas e ajudam-no, às vezes, sem nem precisar pedir.

É este o pertencimento de que falei.


O que espero é que seja
real.